Capítulo 65

Olhei pro Amarildo que continuava imovel, ele me olhava chorando, sem me conter passei a olha-lo da mesma forma e ele saiu pra area externa da casa. Fui atras dele e o encontrei sentado no sofá do lado de fora da casa. Ele chorava desesperado o que fez meu coração apertar, me aproximei dele e me sentei abraçando ele fortemente tentando transmitir uma força que eu não tinha.

Amarildo: -era pra mim estar com ele, eu ia com ele, eu já estava na van, eu e o Fábio, mas surgiu um problema na central, o Luan disse pra deixar pra resolver na segunda, mas eu e o Fábio preferimos resolver logo, ele me pediu pra ir e eu não fui, eu o decepcionei
Mel: -você nunca o decepcionou, você estando lá ou não, isso não iria mudar, iria acontecer de qualquer forma
Amarildo: -mas pelo menos agora eu teria noticias do meu filho, eu saberia se ele está bem ou não
Mel: -eu estou perdida, eu não sei o que pensar, não sei como agir, não sei o que fazer, minha vida sem ele não tem sentido tio, eu não posso perde-lo
Amarildo: -não fica assim minha filha, ele vai voltar, ele está nem, eu ainda vou ver vocês casarem
Mel: -obrigada tio-sorri entre as lágrimas

Ficamos ali por mais alguns minutos em silêncio e apenas chorando, até o tio Amarildo se recompor. Voltamos pra sala e eu novamente me sentei entre as meninas, a Tia Mari assim que nos viu entrar foi até o Amarildo e o abraçou.

Estavamos todos em silêncio, a Bruna agora estava acordada e novamente chorando em meu ombro.

A porta se abriu e todos nós olhamos em direção a ela, rapidamente vi a Hellen correr pros braços do Rober os meninos da banda correrem até o Well e a Bruna e o Amarildo e a Mari irem de encontro ao Luan. Sim, era eles, os três estavam com os sapatos na mão, estavam sujos e o Luan e o Well já tinha a camisa aberta.

Well: -precisamos pagar o taxi

O Guto se levantou e foi até lá pagar o moço. Comecei a chorar muito, meu moreno estava bem, estava aqui, na minha frente. O Rober apareceu na minha frente e me deu um abraço apertado, chorei muito e apertava pra ver que era real.

Rober: -agora está tudo bem, estamos todos bem, fica calma, não chora amorzinho
Mel: -nunca mais faz isso

Continuei abraçada com ele por um tempo e ele saiu pra cumprimentar as outras pessoas. O Well fez o mesmo que ele e me abraçou apertado, disse que estava bem e ainda me deu uma risadinha.

Fiquei ali sentada vendo o meu moreno abraçado com a família enquanto os quatro choravam juntos, meu coração estava mais que aliviado. Continuei ali chorando por um tempo, e observando o meu namorado, que saiu abraçando todo mundo e me deixou por último. Assim que ele chegou onde eu estava, ele me viu tão fragil chorando por ele que as lágrimas dele escorriam sem parar. Ele me levantou do sofá e me abraçou apertado, cheirando os meus cabelos.

Mel: -você prometeu moreno-chorei em seu peito
Luan: -eu prometi que eu voltava num foi? Eu estou aqui, eu sempre volto pra você, não importa o que aconteça
Mel: -não faz mais isso comigo, nunca mais
Luan: -eu amo você demais, olha pra mim-fiz o que ele pediu e comecei a soluçar-não chora
Mel: -você está vivo, você está bem-comecei a passar a mão pelo corpo dele
Luan: -eu estou bem, só to com fome
Mel: -quer que eu cozinhe pra você?
Luan: -não precisa, a xumba já foi cozinhar, eu preciso de um banho
Mel: -precisa mesmo você está fedendo-ri limpando as lágrimas
Luan: -preciso de você também-me puxou pela cintura
Mel: -para, você é um idiota mesmo
Luan: -já pensou se eu tivesse morrido, eu teria morrido sem fazer amor com você por uma ultima vez, você me negou ontem-fez bico e voltei a chorar
Mel: -para de brincar com isso, você jamais poderia ter morrido, para-falei e ele me abraçou
Luan: -tem razão, me desculpa, me desculpa
Mel: -vou preparar um banho pra você, enquanto você tranquiliza seus fãs ta-colei nossas testas
Luan: -eu to sem celular
Mel: -usa o meu, vem

O Luan avisou que iria tomar banho e subimos juntos. Dei meu celular pra ele que conectou no insta e no snap. Fui preparar a banheira enquanto ele gravava um video e postava nas redes sociais. Enquanto a banheira enchia voltei pro quarto e fiquei olhando meu moreno gravando um monte de snap.

Luan: -vem aqui preta-me chamou e eu neguei-tadinha, alagou minha casa de tanto que chorou-falou pra camera e eu fiz biquinho
Mel: -para
Luan: -vem aqui preta fazer um snap comigo
Mel: -não, dá tchau ai e vem tomar banho logo pra você comer
Luan: -to indo-voltou a olhar a camera-amores eu vou tomar banho porque diz a Mel que to fedendo, eu estou bem juro, beijo e eu amo vocês-soltou meu celular e veio até mim
Mel: -aleluia
Luan: -vai me dar banho?
Mel:-vou sim, vem que você precisa comer e a gente vai pro hospital
Luan: -fazer?
Mel: -vai tomar banho logo

Botei ele pra tomar banho e dei um banho sem malicia nele que ficava com graça, assim que ele acabou, nós descemos o Rober e o Well já estavam de banho tomados e sentados no sofá conversando com a banda, botamos eles pra comerem e ficamos esperando eles terminarem. Assim que eles terminaram vieram pra sala e se sentaram pra nos contar o que rolou.

Luan: -bom vamos lá-segurou minha mão-o jatinho deu problema e não poderiamos correr o risco de decolar com ele sem resolver o problema e a gente tinha que ir logo pro Rio, pois teria um ensaio no Barra, o piloto teve a ideia de chamar um taxi aereo e depois de tanto insistir conseguimos um, decolamos com ele, estava tudo bem, até o piloto perder a comunicação com a torre, deu pane em um dos motores e tivemos que fazer um pouso forçado, paramos em um monte de mato, não sabia destingir onde estavamos, graças ao piloto que foi estremamente profissional não sofremos nada pior, pois ele desligou os motores e pousou no mato, a gente não via uma estrada, nada, nossos celulares quebraram com o impacto que teve o jato com o chão, o único celular que se salvou foi o do piloto, mas não tinha area, andamos por mais ou menos duas horas até chegar em uma estrada, um caminhoneiro nos deu uma carona até um posto de beira de estrada, chegando lá outro caminhoneiro nos deu carona até uma cidade no interior de São Paulo, era uma cidade de 5.000 habitantes, o telefone descarregou e perdemos totalmente a comunicação, felizmente uma menina me reconheceu e pediu pro pai dela nos trazer pelo menos até na marginal Tiete, e ele nos trouxe, pegamos um taxi e finalmente conseguimos chegar aqui
Amarildo: -nessa cidade não tinha telefone? Eles não deram comida pra vocês?
Luan: -a gente comeu um pouco, mas teve que ser rapido, pois o seu José tinha que vir logo e voltar
Mel: -a gente precisa ajudar essa familia que te ajudou
Luan: -a gente vai voltar lá e vamos ajudar eles
Mel: -vocês já tomaram banho, já comeram, agora vamos no hospital
Luan: -fazer?
Rober: -é isso ai, fazer?
Mel: -ver se ta tudo bem mesmo, vamos logo
Luan: -não
Mel: -anda logo
Luan: -oh preta eu to bem
Mel: -anda logo-falei irritada e ele levantou
Amarildo: -isso ai, vamos logo e sem reclamar
Luan: -ta bom né?

Fomos todos pro hospital e graças a Deus estava tudo bem com eles, assim que voltamos o Guto já tinha ido embora, meus pais já tinham sido avisados, e os meninos da banda já tinha saído, tinham ido pro hotel e alguns pra casa, o Luan se despediu dos pais e da Bruna que subiu com o Jeff e fomos pro quarto dele, troquei meu short jeans por um de pano, ele tirou a roupa e ficou só de cueca, ligou o aquecedor e nos deitamos araçadinhos juntinhos.

Mel: -amor-o chamei quando estavamos quase dormindo
Luan: -oi preta
Mel: -não faz mais isso comigo não ta, eu te amo muito e não consigo viver sem você
Luan: -o bicuço já está arrumado, eu prometo que só decolo com ele
Mel: -você podia voltar a andar de onibus
Luan: -você sabe que é complicado
Mel: -ta bom vida, agora vai dormir-ergui a cabeça e lhe dei um selinho
Luan: -eu te amo muito, de janeiro a janeiro até o mundo acabar

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ESTÁ TUDO BEM COM ELES, POPULAÇÃO, EU CONTINUO VIVA KKKKK'
CONFIEM EM MIM E VOCÊS IRAM LONGE KKK'
BEIJOS